REFLEXÕES DE UM POLICIAL

“Cogitationis poenam nemo patitur”

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Atualizando as últimas postagens

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Sentir imensa falta desse espaço virtual e democrático, ultimamente me encontro atarefado tocando um projeto pessoal, o que vem consumindo demasiado tempo deste post, porém irei dar continuidade as nossas postagens sobre segurança pública e outros fatos correlativos. Em minhas últimas postagens, deixei alguns assuntos pendentes, e agora gostaria de atualizar-los para que fique registrado o começo, o meio e a conclusão desses fatos:

1 – O escândalo no Instituto de criminalística do Pará continua dando o que falar. O ex-diretor Wanzeller não aceitou sua exoneração e resolveu denunciar desde policiais até o secretário de segurança pública do Pará. Agora o MP, a Assembléia Legislativa e a polícia civil estão apurando o caso. Já estou sentido os fatos meio dormentes, deve ser uma pizza de jambu.

2 – A CPI da pedofilia da Assembléia Legislativa, que investiga as acusações contra o Deputado Seffer e o irmão da Governadora Ana Júlia recebeu a visita da CPI do Senado que investiga casos de pedofilia no Brasil. Chegou fez barulho e foi embora, mas o objetivo foi alcançado – os seus membros ganharam um pouco mais de projeção política a custa da desgraça alheia. Enquanto isso, o MP pediu a decretação da prisão preventiva do Deputado Seffer, o que não foi aceito pelo judiciário (deputado tem imunidade parlamentar). Essa está com todos os ingredientes de uma PTzza de tomates vermelhos e verdes fritos.

3 – A violência não dá trégua no Estado – homicídio, roubos a bancos, invasões de propriedades rurais, pedofilia, etc. Enquanto isso o governo descaradamente vem fazendo campanha publicitária dizendo que a situação está sobre controle, que os índices de criminalidades estão diminuindo, etc. Essa eu vou ensinar de graça para o nosso secretário de segurança, quando a população tem uma baixa confiança nas polícias deixa de registrar ocorrência policial e aí fica parecendo que estamos vivendo em um país escandinavo, mas somente nas estatísticas policiais, pois na realidade estamos vivendo em um país que está sofrendo de uma epidemia de criminalidade e violência. O que poderíamos esperar de um lugar que o irmão da governadora e um dos deputados mais votados do Estado são acusados de pedofilia. Só falta mandar prender as crianças que estão “difamando” esses “santos”. Eta, 2010 que não chega logo!!!

O PM NO PARÁ FAZ O TRABALHO POR INTEIRO E RECEBE PELA METADE

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Ninguém põe remendo de pano crus em vestido velho; senão, o remendo arranca parte do vestido e fica pior o rasgão. Nem se deita vinho novo em odres velhos; do contrário, rebentam os odres, vaza o vinho e perdem-se os odres. Não, o vinho novo deita-se em odres novos, e ambos se conservam”. Mateus 9 : 16

O jornal “Diário do Pará” veicula na coluna “Repórter Diário” de hoje, página Política A3, que a reclamação da tropa da PM que irá realizar o reforço policial durante o carnaval/2009, no interior do Estado, é de que está indo para as localidades pré – estabelecidas com a sua diária reduzida em 50%. Tais diárias são devidas ao policial quando do seu deslocamento momentâneo para o cumprimento de missões de policiamento ostensivo e outros casos previstos em lei.

De tal sorte que a legislação apresenta a seguinte situação: Diária de Pousada e Alimentação, o que no seu somatório representa, o que comumente nos referimos como uma diária. O valor pago para essas duas situações é bem definido, um valor para a alimentação do policial e outra para sua hospedagem. No caso, onde essa alimentação (fora do horário de serviço) e hospedagem são proporcionadas pelo Estado (quartéis e afins), isso deve ser registrado e o valor correspondente devolvido pelos policiais quando da sua prestação de contas. Portanto, um caso de simples resolução.

Porém, os policiais não são obrigados a aceitar se a hospedagem e alimentação não forem de qualidade. O policial pode (deve) procurar um outro local para realizar sua pousada e alimentação. Quem conhece as estruturas da PM, logo vai concordar comigo que é mais saudável procurar um outro lugar.

Portanto, o Comando da PM não pode obrigar o policial a receber apenas uma diária de pousada (forçando-o a alimentar-se no quartel) ou uma diária de alimentação (forçando-o a dormir no quartel). Deve sim, fazer o justo pagamento adiantado das diárias de pousada e alimentação correspondente ao período do carnaval e depois verificar cada situação na prestação de contas.

A PM não pode alegar que é uma política da Instituição, pois basta verificar no Diário Oficial do Estado (20/02/2009) que encontraremos várias situações de deslocamento de policiais militares, onde o pagamento foi de pousada e alimentação. Tais missões normalmente não são de cunho operacional (IPM, Processos administrativos e outros), o que deixa mais uma vez a sensação que o trabalho operacional na PM é castigo.

Não pode alegar que não tem dinheiro para o desenvolvimento de suas missões constitucionais, pois isso é simplesmente demonstrar que a segurança do cidadão paraense não é prioridade para esse governo que se diz do povo.

Não pode alegar que irá punir nenhum policial que não deseje ir para essa “Operação Meia – Diária” ou esteja fazendo sua justa reivindicação, pois estão cobrando um direito previsto em lei. Não devemos esquecer que o slogan do governo é “Terra de Direito”, então chegou à hora do policial exigir o seu direito, e a população saber que aquele (Policial Militar) que trabalha para defender o seu direito (da população) não é valorizado e tem sistematicamente seus direitos postergados.

Que a PM faça como a Polícia Civil que pagou o que é previsto para os seus policiais viajarem para mais essa missão de segurança pública. Ou nossa corporação realmente está fadada a ser escrava de caprichos e desmandos de toda a espécie?

Que Deus nos proteja!

Direitos Humanos, uma conquista de todos.

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Ao ler a edição de ontem do Diário do Pará, na página A2, deparei-me com a indagação de um leitor aflito com a violência que impera atualmente. Tal revolta estava explícita no título de sua manifestação – Só Bandidos tem Direitos?.

É de certa forma triste saber que o conceito de “Direitos Humanos”, ainda não foi absolvido por grande parte da população brasileira. Os Direitos Humanos não existem para proteger bandidos. Protegem todos os nossos direitos conquistados que foram positivados em pactos internacionais (o Brasil é um dos signatários) e foram transformados em direitos fundamentais dos brasileiros com a promulgação da Constituição de 1988.

Os representantes dos Direitos Humanos têm um papel importante na sociedade contemporânea – proteger o cidadão contra as arbitrariedades do Estado. Quer tal cidadão seja acusado ou condenado por um crime ou não. Quando deparamos comumente com notícias que tal instituição policial em tal ação provocou a morte ou ferimento em um acusado de crime, devemos lembrar que a polícia é caracterizada por ter a competência exclusiva do uso da força física, real ou por ameaça, para afetar o comportamento.

Portanto, o Estado (a polícia é um instrumento dele) é o responsável pela morte ou ferimento de qualquer cidadão provocado pela instituição policial. Esse mesmo Estado que irá investigar as circunstâncias, processar e julgar cada caso. Esse Estado que não consegue atender as demandas sociais e econômicas. Esse Estado que não proporciona aos seus cidadãos saúde, educação, saneamento e segurança de qualidade. Tem sim que ser vigiado, interpelado, contraditado e processado pelos seus possíveis erros e perseguições. Nesses casos temos a quem recorrer, às entidades de direitos humanos.

Fico triste com a morte de mais um policial militar – já são 4 esse ano – porém não posso concordar em assinar um cheque em branco para que o Estado seja o violador maior do direito a vida e a liberdade. Temos que cobrar sim, que tome providências no sentido de melhorar o atendimento das demandas sociais da nossa sociedade, as condições de trabalho e salários dos funcionários públicos, a elaboração de políticas públicas exeqüíveis e efetivas.

Quanto a esses criminosos que perpetuaram mais um homicídio e a todos os outros, seja um “ladrão de galinhas” ou “de colarinho branco”. Para esses, precisamos de um sistema criminal mais célere e eficiente para persegui-los, prende-los, puni-los e reabilitá-los. Dentro da lei e com as garantias legais que o Estado Democrático de Direito proporciona. Quantos aqueles que perpetuam seus crimes e reagem à ação policial, resta ao companheiro policial, para cumprir com o seu dever de proteger a sociedade, fazer cumprir a lei e defender a sua vida ou de terceiro, usar de força legal. Nesse caso se houver uma vítima que seja àquele que decidiu violar a lei e dedicou-se a semear o ódio, o medo e o terror.

Que Deus proteja todo nós.

A morte de policiais militares no Pará

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Atualmente, encontro – me ocupado realizando algumas pesquisas de campo e na elaboração do relatório da dita pesquisa, o que me deixou um pouco afastado das atividades no blog (estou postando apenas algumas notícias do nosso cotidiano policial), aproveitando o pouco tempo depois das refeições para colocar em dia as leituras de periódicos e acompanhar a blogosfera policial.

Todavia, uma matéria veiculada nos jornais paraenses (ontem e hoje) merece uma atenção especial. Foi divulgado pela Polícia Militar o número de policiais militares assassinados no período compreendido entre os anos de 2007 a 2009, o que resultou no total de 42 policiais. O fato mais importante é que aproximadamente 80% dos policiais mortos estavam de folga (34).

De imediato, os “especialistas” vêm apontando inúmeros fatores: “Bico”, emboscada, assalto e outras violências urbanas, moradia dos policiais mortos em locais de grande atuação criminosa, etc…

Outro fato mostrado é que a maioria dos homicídios ocorreu no interior do Estado, onde a estrutura e funcionamento da atividade policial é diferente da encontrada na Capital. Gostamos (nós, policiais militares que atuamos no interior) de dizer que existem duas policias – uma na região metropolitana e outra no interior do Estado. (falarei sobre isso em outra ocasião)

Sou um acadêmico, por isso não irei opinar sobre os resultados dessa estatística divulgada pela PM, pois são apenas dados quantitativos. Porém, deixo minha opinião sobre o que fazer com essa informação: (1) Realizar um estudo técnico-científico para analisar a situação – o problema a ser solucionado está explícito¹. (2) De posse desse resultado elaborar uma proposta para ser apresentada ao Governo do Estado². (3) Divulgar esses resultados e as possíveis ações solucionadoras para o conhecimento dos policiais (principais interessados), da mídia e da comunidade, pois podem servir como fator de pressão. (4) Cobrar dos políticos comprometidos com a causa da segurança pública (se houver algum) e com o bem-estar dos policiais (essa é difícil) que tomem um posicionamento mais enérgico com relação à tomada de decisão do Governo sobre esse assunto com respaldo no estudo técnico previamente elaborado³.

Essa é a minha contribuição para buscar uma solução palpável para esse verdadeiro massacre que está sendo perpetuado contra os operadores de segurança pública. Deixo, é claro, minha solidariedade com as famílias daqueles que foram mortos nessa guerra urbana entre a criminalidade e o Estado, onde a população brasileira é vítima desse fogo cruzado e que não tem data e nem previsão para um cessar fogo.

1 – Eu sei, meus amigos, que estou sonhando, porém o sonho é o alimento da alma.
2 – Quando aparecer um Comandante que brigue pela base da nossa instituição (continuo sonhando).
3 – Acabei de perceber que ingerir algum cogumelo alucinógeno no almoço e estou delirando.

Escândalo no Instituto de Criminalística do Pará II

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Nessa segunda-feira (16/02), o Conselho Estadual de Segurança Pública (Consep) que é constituído pela Secretária Executiva de Segurança Pública, PM, PC, CBM, Centro de Perícia Técnicas, Departamento Estadual de Trânsito, Superintendência do Sistema Penal, OAB, Assembléia Legislativa do Estado, Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca/Emaús), Centro de Defesa e Estudo do Negro no Pará (Cedenpa), Sociedade Paraense dos Direitos Humanos (SPDDH) divulgou nota de repúdio contra as declarações do Ex-Diretor do Centro de Perícias Científicas, Miguel Wanzeller Rodrigues.

Em tal nota, o CONSEP assevera que as acusações feitas por Miguel Wanzeller são injustas e caluniosas, que nunca tais fatos foram discutidos em reuniões do Conselho (Wanzeller era conselheiro) e que sequer era participativo, demonstrando que não estava à altura do cargo de Diretor do CPC e nem a altura do cargo de conselheiro.

As denúncias de Wanzeller contra a cúpula do Sistema de Segurança Pública foram veiculadas nos jornais paraenses após a sua exoneração do cargo de Diretor do CPC, onde alegava que estaria sendo vítima de perseguição políticas por não se submeter à ingerência de outros órgãos do Sistema de Segurança Pública, quanto à transparência e legalidade de seu trabalho. Acredito que essas denúncias oriundas de um funcionário do alto escalão da segurança pública devem ser apuradas com rigor, pois Wanzeller permaneceu no comando do CPC durante 02 anos e agora o CONSEP vem afirmar que o mesmo não tinha condições de ser nomeado para tal cargo.

Algo está errado, pois se o CONSEP estiver com a razão, poderemos afirmar que a nossa governadora definitivamente não sabe escolher seus assessores e mandatários dos cargos de confiança, ou caso Wanzeller esteja com a razão teremos elementos para indicar a existência de uma verdadeira quadrilha que tem como objetivo atingir os direitos fundamentais do cidadão paraense (leia-se direito a vida e liberdade) e acabar de vez com o pouco de credibilidade que as instituições de segurança possuem.

Sobrenatural

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Além do perigo dos bandidos do mundo natural, agora o cidadão brasileiro tem que se proteger dos perigos do mundo sobrenatural, veja essa notícia veiculada no portal G1.

Jovem afirma ter sido atacada por ‘lobisomem’

Procura-se

Procura-se

Moradores de São Sepé (RS) têm um motivo a mais para temer esta sexta-feira (13). Além do azar e dos estranhos acontecimentos atribuídos ao dia, um ‘lobisomem’ estaria à solta. Uma das possíveis vítimas, de 20 anos, registrou ocorrência na delegacia. Segundo a Polícia Civil, Kelly Martins Becker afirma ter sido atacada, na noite de 28 de janeiro, por um bicho parecido com um cachorro grande, que ficava apoiado nas patas traseiras e andava como se fosse um homem. Ela chegou a fazer um rascunho para descrever a criatura. De acordo com a ocorrência registrada, o agressor teria arranhado o rosto e os braços da vítima. A polícia informou que Kelly foi submetida a um exame de corpo de delito, no qual foram constatadas as escoriações. A polícia afirma que irá investigar se alguém está usando uma fantasia de lobisomem para assustar a população. Nenhum suspeito foi detido até a manhã desta sexta-feira.

Meio-homem, meio-lobo

Meio-homem, meio-lobo

Pelo país Outros casos semelhantes ao de São Sepé foram registrados. Na zona rural de Tauá (CE), moradores procuraram a polícia em julho de 2008, assustados com aparições de um indivíduo “meio homem e meio lobo”, que estaria furtando ovelhas e arrombando residências. Na época, a Polícia Civil investigou o caso, suspeitando de uma quadrilha que estaria usando fantasias para assustar os moradores e cometer crimes. O caso, apelidado de “o mistério da meia-noite”, passou a ser tratado com humor na cidade.

Suspeito nº 1

Suspeito nº 1

Em abril de 2008, alguns moradores de Santana do Livramento (RS) também passaram por momentos de terror com ataques do “Homem da Capa Preta”. Sem conseguir nada de concreto sobre as aparições da figura, a polícia encarou os registros como folclore.(G1)

Written by Claudio Marino F Dias

02/14/2009 at 12:59

Ah! se a moda pega.

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espancamento2

Sem acreditar na Justiça ou motivados pelo desejo de ter uma situação resolvida, populares realizam sessões diárias de espancamentos, principalmente na Região Metropolitana de Belém. Os casos são crescentes e todos os dias os hospitais públicos recebem uma grande e preocupante quantidade de vítimas da “justiça com as próprias mãos” realizadas pela população.

Ontem, um adolescente de 16 anos foi espancado, na WE- 32, na Cidade Nova 4. Ele foi perseguido por populares depois de assaltar um professor e roubar seu notebook.

Segundo informações, o professor foi levar seu filho à escola e ao estacionar o carro foi abordado pelo bandido. Armado com um revólver e em companhia de um comparsa, identificado pelo vulgo “Pingo”, Luís ameaçou a vítima e conseguiu roubá-la.

Na tentativa de ter seu aparelho de volta, o senhor correu atrás dos bandidos e sua reação fez com que os ladrões atirassem em sua direção. Por sorte, ninguém ficou ferido. Na hora do assalto, várias pessoas caminhavam pela rua e muitas crianças estavam entrando na escola. A cena foi de pânico. O medo se espalhou e causou revolta em algumas pessoas que passaram a perseguir os bandidos depois de presenciarem a falha no revólver.

“Pingo” conseguiu fugir e o adolescente foi alcançado. Teve início, assim, uma sessão de espancamento, com direito a chutes e socos. Uma roda se formou ao redor do bandido e populares instigavam aos mais corajosos que batessem no acusado. Minutos depois, policiais chegaram ao local em uma viatura da polícia e prenderam o acusado. Ele foi levado ao Hospital Metropolitano, onde foi atendido. Segundo informações da assessoria de Imprensa do hospital, o estado de saúde do acusado é estável. Ele teve uma fratura na mandíbula e permanece internado em observação.

>>> Espancado na Cidade Nova sobrevive por “milagre”

Outra vítima de espancamento foi Moisés Souza Martins. Ele é acusado de tentar assaltar um mototaxista na noite de terça-feira, o que ocasionou em uma sessão de espancamento de mais de uma hora. Segundo informações de colegas de trabalho da vítima, o assaltante chegou em companhia de um comparsa e pediu ao mototaxista para realizar uma corrida.

Ao sair do ponto, apontou um revólver para o condutor e informou que se tratava de um assalto. Colegas da vítima disseram ter desconfiado da ação dos bandidos e foram em direção ao amigo.

Para azar do bandido, a arma falhou e ele foi cercado por amigos da vítima. Moisés foi espancado por quase uma hora. Motoqueiros, revoltados com a situação, passaram por cima dele com suas motos. Ele foi agredido ainda com chutes, pauladas e pedradas.

Quando a polícia chegou ao local encontrou o acusado bastante ferido e sangrando muito. Ele foi tirado da ira popular por policiais militares e levado ao Hospital Metropolitano.

No HM constatou-se que o acusado não apresentava nenhuma fratura. Com apenas algumas escoriações e luxações pelo corpo, ele recebeu alta no dia seguinte.

>>> Após roubo de moto, rapaz é alcançado por populares

Alan Rodrigues Costa, de 18 anos, foi mais uma vítima da impiedosa revolta de populares contra a violência dos bandidos. Ele e outros três comparsas roubaram a moto de um homem na Cidade Nova VI. Mas foram perseguidos e Alan foi capturado pelos populares. Ele foi violentamente espancado e acabou sendo salvo das mãos da população pela polícia.

O sargento Chucre, da 7ª Zpol, contou que o crime ocorreu por volta das 23h40, na SN-3, no conjunto Cidade Nova VI, em Ananindeua. O veículo roubado por Alan e seus comparsas foi uma moto Honda Biz, de cor preta, subtraída de um morador da área.

Alguns minutos depois de ocorrer o roubo, a moto foi localizada próximo ao final da linha do ônibus Guajará.

Do grupo de ladrões, apenas Alan foi detido por populares. Os outros participantes do crime conseguiram escapar. Depois de ser espancado pela população, o criminoso detido foi socorrido e levado para a Seccional da Cidade Nova.  (Diário do Pará)

Enquanto o governo e o sistema de segurança pública continuam fazendo propaganda de suas ações, a criminalidade não para de crescer na nossa capital. O cidadão totalmente descrente dos poderes estatais resolveu combater os criminosos com as próprias mãos. A polícia não está mais socorrendo o cidadão, agora está socorrendo os bandidos da fúria popular.

briga1Gostaria que essa fúria fosse transportada para outros crimes como a corrupção e a pedofilia. Aqui no Pará, ia ter deputado, prefeito, irmão de governadora e altas autoridades caindo na “péia”.



Escândalo no Instituto de Criminalística do Pará

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Demitido da função de diretor-geral do Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves”, Miguel Wanzeller Rodrigues decidiu abrir o seu arquivo contra o governo do Estado e aponta o sistema de segurança pública como “caótico” e corporativista. Segundo ele, a sua queda do cargo se deu, entre outras razões, por não aceitar pressões para forjar laudos protegendo a polícia Civil e Militar. Em entrevista ao CORREIO DO TOCANTINS, ele anuncia: vai questionar na Justiça a sua exoneração e pedir proteção da Polícia Federal diante da gravidade das denúncias que ainda tem a fazer. Visivelmente nervoso na entrevista por telefone, mas com a língua afiada pelo calor da situação, Wanzeller fez questão de defender que a sua motivação para fazer as revelações não vem da sua demissão, e sim da crença de que os “avanços” alcançados pela perícia paraense ­ segundo ele, um modelo para todo o País ­ sofram retrocesso. O ex-diretor tenta poupar a governadora ao afirmar que a mesma sequer deve ter conhecimento dos desmandos que estariam acontecendo na área da segurança pública. Ele aponta como seus perseguidores a cúpula da polícia Civil e Militar e cita nominalmente o secretário de Segurança Pública do Estado, Geraldo Araújo, e um deputado estadual, de cujo nome não especificou, como os responsáveis pela sua saída do órgão. “Eles fizeram um complô”. Questionado sobre qual interesse os chefes do sistema teriam com sua saída, Wanzeller respondeu que está sendo punido pela sua eficiência, pois a “organização e capacidade do CPC” estariam expondo a incapacidade, a falta de estrutura e de organização, principalmente da Polícia Civil. LAUDOS – Miguel Wanzeller também deixa no ar que estaria recebendo pressão nos últimos tempos acerca dos resultados de laudos. Ele afirma que trabalha a perícia como instrumento de direitos humanos e que, nesse perfil, nunca permitiria que os laudos fossem usa dos para ocultar crimes, sobretudo os cometidos por agentes da lei. Miguel acredita que o perfil de independência do CPC, como órgão não-subordinado à polícia, vinha incomodando a cúpula da segurança. O ex-diretor-geral sustenta que foi boicotado do Fórum Social Mundial ­ ocorrido em Belém ­, onde a sua explanação sobre o “laudo online” foi retirada da agenda oficial da governadora. “Somos a primeira instituição da América Latina a disponibilizar o laudo online. Isso significa que dentro do processo vai valer o nosso laudo, pois tem assinatura e certificação digital. Com isso, acabam aquelas desculpas do Judiciário, da Polícia Civil e Militar de dizerem que está atrasado o laudo”. PROTEÇÃO – Wanzeller destaca o fato de ter sido eleito para a função de diretor-geral do CPC em eleição entre colegas do órgão, o que é previsto no estatuto do Centro. Diante disso, ele considera ilegítima a sua exoneração, razão pela qual ficou de constituir advogado para ingressar com mandado de segurança na Justiça, pela sua manutenção no cargo. O ex-diretor ficou ainda de pedir segurança à Polícia Federal, pois alega ter mais denúncias a fazer sobre o sistema de segurança do Estado, que podem representar perigo para ele mesmo. Apesar disso, não adiantou essas informações ao CORREIO DO TOCANTINS, alegando que serão reveladas no momento oportuno. Na versão de Wanzeller, os desmandos eram enormes no órgão antes da sua chegada. Ele afirma, por exemplo, que a perícia era cobrada do governo em duplicidade. “Acho que disso a governadora não tem conhecimento. No mesmo mês em que assumi aqui, acabei com essa pouca vergonha”, disse, sempre no sentido de destacar a própria gestão como modelo. Com relação ao nome apontado para substituí-lo no cargo, Raimundo Humberto Sena de Oliveira, o exdiretor lembrou que ele e outros membros da Associação dos Peritos Oficiais do Pará (Aspop) respondem a uma sindicância (nº 008/ 2008) na Corregedoria Geral do Centro de Perícias “Renato Chaves”, (processo nº 190/2005), que determina a instauração de um Processo Administrativo Disciplinar para apurar indícios de repasse e recebimento ilegal de recursos referentes ao convênio nº 002/2004 entre a Aspop e o CPC. SEGUP – A Reportagem contatou por telefone nesta quarta-feira o assessor de Comunicação da Secretaria de Segurança, Emanuel Villaça, a fim de que esse comentasse o assunto, e ele disse que a Segup não iria se manifestar formalmente sobre o caso. Segundo ele, o secretário considera que Wanzeller tem o seu direito de se manifestar livremente, contudo terá de comprovar as denúncias que tem feito.

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Não desisto!!!

Não desisto!!!

A reportagem acima foi veiculada no Jornal “Correio do Tocantins” com circulação no Sul e Sudeste do Estado do Pará.

O contexto geral é que todos os dirigentes do Sistema de Segurança Pública foram exonerados nos últimos trinta dias.

Ou o nosso amigo acima tem muito apego pelo cargo ou está cheio de razão.

Vamos acompanhar o caso amiúde.

Uma coisa é certa, esse governo em termos de segurança pública está perdido.

Isonomia dos Delegados da PC

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Tentei e não consegui encontrar alguma notícia relacionada com o pagamento ou não por parte do governo do Pará, com relação a isonomia dos salários dos Delegados da PC com os Procuradores conforme determinado pela presidenta do TJE, Desembargadora Albanira Lobato Bemerguy, a partir desse pagamento do mês de fevereiro.

Será que o Estado cumpriu a determinação judicial?

Written by Claudio Marino F Dias

02/12/2009 at 13:00

A defesa de um policial no DF

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Não tive dúvida, pedi permissão e estou replicando uma postagem do Blog da Segurança Pública:

O tenente passa no posto de serviço e não encontra o PM ali escalado. Procura por alguns minutos, mas sem êxito. Cumpre com sua obrigação e informa, por escrito, a ausência do policial de seu posto de serviço.

Instaurada a apuração pela seção de justiça e disciplina do batalhão, o PM é convocado para apresentar sua defesa, que segue abaixo.

A história, quer dizer, a defesa escrita, é real. Foi apresentada em 2001 no 2º BPM da PMDF e entrou para o anedotário da corporação. Eu já havia praticamente me esquecido dela, até que nessa semana, por e-mail, um colega da PM a recuperou e eu a compartilho com nossos leitores. Espero que a ASOF não me processe por divulgar  isso.

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POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL
2° COMANDO DE POLICIAMENTO REGIONAL
2° BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR

Taguatinga em 11 de outubro de 2001
Do: Sd RUTÊNIO, Mat. 15000/0
Ao: Chefe da 1ª seção
Ass: razões de defesa

Em resposta ao memorando n° 96/SSJD fr 19set01, informo-vos que: no dia 18set01, por volta de 12:30h, quando me deslocava ao restaurante onde faço minhas refeições em dia de serviço. Na altura da praça do relógio no centro de Taguatinga, fui capturado por seres extraterrestres e levado para o interior de uma nave de proporções gigantescas, onde fiquei um longo período de tempo em poder de seres alienígenas, os quais me informaram o propósito do meu rapto, que era nada mais nada menos, do que fazer algumas experiências pois, eles eram uma equipe de, “cientistas” que estuda o nosso planeta já algumas dezenas de anos.

Eis a nave dos Ets.

Eis a nave dos Ets.

Não sei precisar com certeza quanto tempo fiquei no espaço sideral pois, logo após feito o contato entrei em uma espécie de transe, voltando a si somente no momento de reentrada em nossa atmosfera onde tive uma boa visão da terra, depois de varias paradas em todo o globo para devolver pessoas que assim como eu haviam sido abduzidas, fui devolvido ao meu eco sistema natural de onde fui seqüestrado exatamente às 18:00h.

Após alguns minutos sem entender ao certo o que tinha me acontecido e sem saber o que fazer me dirigi até o batalhão onde fui interpelado pelo Sr. TEN SELÊNIO a respeito do meu desaparecimento e sem poder lhe dizer a verdade pois, com certeza acharia que eu estaria ficando louco, fui obrigado a falar que estava na biblioteca do centro educacional EIT. Onde sou aluno do ensino médio. Porém já que o mesmo participou o fato, e oficialmente eu seria incapaz de faltar com a verdade, e sendo o assunto de relevante interesse mundial vou fazer com que o mundo tome conhecimento da minha história.

A identidade dos misteriosos Ets

A identidade dos misteriosos Ets

Como mais nada tenho a declarar dou por aqui encerrado este termo de declaração.

RUTÊNIO CROMO – SD PM 15000/0