O fim do silêncio
Por dias a fio fiquei sem postar, um silêncio repentino para quem se propôs a escrever sobre segurança pública no Brasil e principalmente no meu querido Estado do Pará. Muitos são os motivos que concorreram para o meu ostracismo: Falta de tempo, desânimo, excesso de atividades paralelas ou outra desculpa qualquer.
Na verdade o meu retorno a atividade policial depois de um ano de afastamento e o desconhecimento do ambiente interno da minha instituição, calou-me as palavras. Fiquei, por vezes, perplexo com as dificuldades encontradas no cotidiano da nova unidade policial militar que estou trabalhando, aliado ao silêncio dos meus pares, subordinados e superiores diante dos fatos cotidianos que afetam a todos nós.
Esse ambiente novo teve a capacidade de conter-me as palavras e deixar que todas as minhas energias fossem voltadas para a ação, no sentido de externar minhas insatisfações e procurar a modificação de comportamentos e idéias.
Nesse período, procurei mais agir do que falar. São grandes as dificuldades encontradas e sempre digo que “matamos um leão por dia”. Palavras nada dignas de um administrador, porém essa é a realidade e, portanto, modificá-la é o desafio.
Volto a escrever porque a necessidade de externar meus sentimentos, vitórias e fracassos é forte, além de poder conviver com a necessidade de construir, andando lado a lado. A ação sem a devida reflexão não é construir, é apenas repetir atos mecânicos que são executados diuturnamente por mais de duzentos anos de história das Polícias Militares, e nem todos são heróicos ou democráticos.
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